sábado, 24 de maio de 2008

Li há pouco tempo um artigo em que o articulista dizia que na mata os fotocines não andavam. Gostaria que a defesa fosse feita por quem lá esteve, se era assim por determinação superior ou se o sector em questão não tinha unidade Fotocine, ou qualquer outra razão.
Pela parte que me toca, em Angola, efectuei algumas operações no terreno com comandos e páras bem como com a tropa corrente, e como eu todas as equipes operacionais de fotocines com base em Luanda.
É bom trocarmos esperiências deste periodo que foi marcante na nossa vida.
Um Abc.

2 comentários:

miguel marques disse...

Olá Heleno
Como sabes fui fotocine na Guiné em 1972/73 no Destacamento 3101.
Efectivamente os fotocines não eram operacionais como os nossos camaradas das especialidades de combate, não obtante termos o curso ( o meu ) de atirador de Infantaria que foi o 1º de 1971 em Tavira.
Posto isto, tambem te digo, que na Guiné, em 72/73 só o João Egreja e o falecido Francisco Avelar filmaram e fotografaram uma operação com os Fuzileiros Especiais.
Foi só uma operação que teve acompanhamento nosso. A esta distancia creio que os generais tinham medo que ouvesse alguma fuga de imagens para mãos que eles não queriam.Na Guiné estavam todo o destacamanto colocado em Bissau e deslocávamos a partir de lá. Para o acompanhamento de uma operação só se fosse pedida, até, como é óbvio, não tinhamos conhecimento delas. As nossa "operações" eram as de projecção de filmes nas sedes de batalhão e companhias isoladas ou não.As nossas deslocações eram normalmente feitas por colunas que eram sujeitas a ataques com alguma frequência. O Governador A. Spínola tambem recorria amiúde a nós para a cobertura foto das cerimónias protocolares e de acção psicológica junto da população.
Quando se diz que os fotocines na mata não andavam e se isso quer dizer que não faziam operações de combate, está correto, mas fora isso, estávamos expostos a ser atacados como os outros camaradas, quer nas deslocações quer nos ataques as companhias isoladas que sofriam e onde íamos. Espero ter respondido e sido suficientemente claro para todos os leitores perceberem.
Um abraço
Miguel Marcelino Marques

Marisa Marinho disse...

Olá Miguel, espero que este comentário chegue até si.

Estou envolvida na Pesquisa de um Documentário sobre Fotocines, e adoraria poder conversar consigo.
Tem tempo para um café?

O meu mail marisamarinho@gmail.com

Muito obrigada,
Marisa